sexta-feira, 11 de julho de 2014

Importância dos croquis

Você já foi a um arquiteto e quando chegou lá e começou a discutir suas ideias o cara fez um monte de rabisco, talvez até meio mal feito, mas que conseguiu colocar em prática aquilo que estava na sua cabeça e você não fazia ideia de como colocar no projeto? Então meu caro amigo, esses são os croquis.

A primeira ideia, aquilo que está na cabeça mas ainda não muito bem desenvolvido, aquele formato bacana que precisa ganhar vida, tudo isso é expresso em um croqui. É nele que vamos discutir as formas, ter uma ideia geral do projeto e apenas mais tarde vamos detalhando, como dá pra ver no exemplo ao lado encontrado na sempre oferecedora de informações, a internet.

Mas por que é algo importante?

Inicialmente é preciso compreender que a linguagem do arquiteto é o desenho, é através dele que vamos expressar como tudo funciona, até os mínimos detalhes. Por exemplo, vamos fazer um exercício: Eu vou escrever aqui o projeto de uma sala e você tenta imaginar como ela é: a sala tem formato retangular, há uma escada em L no canto esquerdo frontal, ao lado dela, no canto direito está a porta de entrada. No centro da parede da direita há uma porta balcão que dá para um jardim de inverno. Na parede esquerda existe uma abertura com bancada de refeição que liga à sala de jantar. Na parede posterior encontra-se um home theater, com um sofá de três lugares à frente e uma mesa de centro. 
Você provavelmente imaginou esse desenho na sua cabeça, ou se perdeu pelo meio do caminho, porque o desenho é essencial nessa área. Portanto, ao colega que deseja se tornar um arquiteto, não é necessário ser um exímio desenhista (se você for, melhor pra você), mas é necessário que pelo menos alguma habilidade você tenha, para que você não se perca nas suas ideias nem deixe seu cliente confuso.

Além de tudo isso, desenhar deve ser prazeroso, uma exposição da sua imaginação, mas para que se consigam bons resultados é necessário que haja muito treino para exercitar essa habilidade.

:*

terça-feira, 17 de junho de 2014

Que cor usar?

Muitas vezes ao fazer uma construção ou reforma acabamos ficando na dúvida em relação às cores que vamos utilizar. Será que essa cor combina com aquela? Será que vai pesar muito no ambiente se eu usar uma cor mais escura? Essas e outras questões acabam prolongando o processo de escolha da cor adequada e ás vezes acabamos errando e colocando um tom que acaba sendo desagradável ou até mesmo torna o ambiente sem graça ou diferente do que planejamos.
Para isso, separei algumas dicas que podem auxiliar na escolha de tons que mais se adequarão ao seu gosto.

1. Analise sua personalidade. Você é mais extrovertido? Mais sério? Prefere lugares mais descontraídos, mais jovens e despojados? Ou gosta de lugares mais calmos, com elegância e sofisticação? A partir dessa análise, já é possível entender melhor que "cara" deve ter seu ambiente, se você deverá usar tons mais alegres ou mais sóbrios.

2. Busque as cores que você gosta. De nada adianta fazer uma combinação legal de tons se as cores escolhidas não são do seu agrado. Portanto, faça uma seleção daquelas que são de sua preferência.

3. A partir dessas cores, selecione as que vão combinar entre si. Existem tons certos que combinam um com o outro, essas cores são chamadas análogas, monocromáticas ou complementares. Por exemplo, em uma harmonia monocromática de vermelho, eu usarei diversos tons de vermelho. Já para uma harmonia análoga vou usar as cores próximas do vermelho no círculo de cores, ou seja, violeta e laranja por exemplo. Em uma harmonia complementar, será usada a cor oposta à vermelha, que no caso é o verde. É possível também combinações em tríade, neutra, dupla complementar entre outras.



Escolhendo a partir do círculo cromático fica bem mais fácil acertar na escolha dos tons.

Algumas sugestões de cores que funcionam bem juntas:

Vermelho e Verde









Amarelo e Roxo

Amarelo e Cinza


Cores quentes
Cores frias

Azul e Laranja

Monocromático

Neutro
Rosa e Vermelho


Alguns significados:

Preto: Sofisticação, elegância, nobreza, sobriedade. Recomendado em detalhes, objetos.
Branco: Paz, calma, pureza, limpeza, frio. Pode deixar o ambiente monótono se usado com exagero.
Cinza: Equilíbrio e flexibilidade, mas também desânimo e monotonia. Usar com cautela.
Bege: Inerte, porém trás aconchego e conforto.
Marrom: Disciplina, constância, segurança e solidez, mas em excesso produz sensação de isolamento.
Amarelo: Descontração, otimismo, alegria, calor e prosperidade. É uma cor vibrante.
Verde: Paz, segurança, confiança e contato com a natureza. Alegre ou calmo, depende da tonalidade.
Azul claro: Higiene, frescor, sonho e pensamento.
Azul: Segurança, ternura, confiança, redução de stress, maturidade. Bom para dormitórios.
Roxo: Nobreza, poder, mística, espiritualidade. Em excesso produz melancolia.
Rosa: Romance, sensualidade, beleza, feminilidade
Vermelho: Elegância, paixão, raiva, requinte, liderança.
Laranja: Movimento, espontaneidade, agitação, alegria. Bom para lugares de conversa, reunião de amigos.

Obs. As imagens não são de minha propriedade.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Vida de Estudante de Arquitetura

Você decide que quer estudar Arquitetura. Aí você entra no curso, você vê os trabalhos do pessoal mais avançado. É um conjunto de uaus! e nossa! e incrível! Mas aí você descobre que não é tão fácil como parece. Logo vem a "listinha" de materiais e você percebe que seu salário dos próximos seis meses já era. Tudo bem, tudo bem, acontece né, fazer o que... afinal é um curso lindo em que você vai projetar o sonho das pessoas e toda aquela história que a gente já conhece. Então as aulas começam e você descobre que o buraco é bem mais embaixo, tem muito mais coisa que você nem sabia que tinha ligação com arquitetura, mas que está lá. É nesse momento que muitos desistem porque não é bem isso que estavam procurando. Mas aqueles que gostam persistem, e se apaixonam cada vez mais. E como dizia um de meus professores, arquitetura não é uma profissão, é um estilo de vida. Faz todo sentido, por que onde raios não existe arquitetura? Nós moramos nela, passeamos, trabalhamos, vivemos inseridos na arquitetura. Ou a arquitetura vive inserida em nós? É uma ligação bem complexa, mas deixemos para outros posts.
Começam os inúmeros desenhos - todos à mão né meu caro - assim como as maquetes (partiu colar os dedos um no outro, nos materiais e na própria maquete, se cortar, se arranhar e descobrir que até o mais inofensivo material pode - e vai - te machucar) e as pesquisas e trabalhos teóricos porque não só de prática vive o arquiteto, mas de muito repertório. Virão as noites em claro, os projetos mirabolantes que o professor não entende e faz você mudar inteiro, e toda a loucura que um estudante universitário - principalmente de arquitetura e urbanismo - pode ter. Mas estamos aí nesse mundo pra fazer alguma coisa certo? Então chega de preguiça e bora estudar um pouco, ainda mais se é o que a gente gosta.

Pensamento nº 1

Depois de fazer e refazer diversos blogs, criar nomes e ter diferentes ideias, decidi dar vida ao Rabisquei! devido à paixão pela arquitetura, pelo design e pela arte de uma maneira geral. Espero poder dar boas dicas e esclarecer dúvidas, assim como me expressar quanto às minhas ideias e aquilo em que acredito. Obrigada e espero que gostem.

Beijos